segunda-feira, 28 de novembro de 2011

II Pensando África e suas diásporas, II Semana da Consciência Negra


Dia 30 de novembro tem Vira Saia e convidados especiais na primeira noite de confraternização do evento...

Local: Auditório do ICHS (entrada pela Chácara)

 A partir das 20:30 hrs

 A Segunda Semana da Consciência Negra - anual – e o II Pensando Áfricas e suas Diásporas – que ocorre duas vezes ao ano tem como objetivo propiciar e articular um diálogo, dentro e fora da Universidade, sobre a influência e a relevância da cultura africana em nossa formação sócio-cultural.
Os dois eventos se inserem dentro das ações do NEAB/UFOP para visibilizar a  história e  a cultura afrodescendente da região de Ouro Preto e Mariana. Uma das grandes demandas da Comunidade desta região é a necessidade de valorização da Cultura Afrobrasileira, devido ao grande contingente de afrodescendentes que nem sempre possuem acesso ou conhecimento da importância de seus antepassados para formação da identidade brasileira.
Com mostras e atividades que evidenciam a riqueza e potencialidade das culturas negras e suas manifestações em nosso país, a UFOP se apresenta como palco de reflexões sócio-culturais, e estímulo à valorização de nossa afrobrasilidade.
Convidamos a tod@s @s interessados no tema que se inscrevam e apresentem suas pesquisas, reflexões e experiências que com certeza contribuirão para a construção não apenas de um belo evento, mas também de um Brasil mais afrodemocrático. Por entender que é necessário propor uma intersecção nos estudos sobre diversidade, é importante ressaltar que também serão encorajados a participar trabalhos que versem sobre as questões de gênero e sexualidade.

ESTRUTURA DO EVENTO
O evento se estruturará tendo por base as seguintes modalidades de atividades acadêmicas/artísticas:
  • Mesas-redondas
  • Grupos de Trabalho
  • Mini-cursos
  • Mostra de Música/ Manifestações Tradicionais
  • Esquetes teatrais
  • Oficina de ritmos e danças afrobrasileiras
  • Apresentação de vídeos, lançamento de livros, exposição e venda de livros, materiais didáticos etc.
E a entrada é gratuita...


Para + informações e inscrições: http://neabufop.blogspot.com/

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Polkas e boas histórias


Em 2006 o músico Ian Guest transcreveu 10 músicas encontradas entre documentos em um sobrado de Monsenhor Horta (município de Mariana, M.G.). Tais músicas datavam da última década do séc. IXX e aparentavam não terem sido manuseadas há quase um século. A partir das partituras re-harmonizadas por Ian Guest, foram realizadas algumas apresentações das dez polkas com a participação de grandes músicos residentes em Ouro Preto e Mariana. No piano, o próprio Ian Guest; no bandolim, Tuca Costa; no violão, Marcelo Z e no cavaquinho, André Scarabelot.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

jazz paralelo 2011...



e no meio de tanta chuva, pouca gente pôde conferir tanta coisa bacana que rolou no festival de jazz 2011, em ouro preto.... mas os pouco privilegiados que enfrentaram a chuva e saíram de casa mesmo nesse tempo que dá vontade de ficar debaixo das cobertas, conferiram coisa boa mesmo....

e paralelo ao oficial, esse jazz paralelo é o que há de mais bacana para músicos e bandas que não entraram na programação de lei... vários restaurantes e bares participaram da edição 2011, agradecemos a oportunidade de ter entrado nessa rota musical...

para quem quiser saber mais sobre o jazz paralelo, só conferir no site
               http://www.jazzparalelo.com.br/index/index.php


quinta-feira, 15 de setembro de 2011

vira saia vira ladeira

se busca;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;

está nascendo um novo ninho de cultura e artes em mariana... é o centro zé hilário, que precisa e busca astronautas, artistas, fotógrafos, escultores, grafiteiros, músicos, costureiras, decoradoras, pássaros, loucos e médicos pra criar o lugar... quem quiser doar alguma pintura, algum poema, algum desenho, qualquer coisa pra fazer do lugar o lugar, entra em contato com a gente....... e alá!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

X festival da canção, são thomé das letras




foi um prazer participar do X festival da canção de são thomé das letras... vira saia e participação especial de guilherme veisac e flor maié...
são thomé, cidade das pedras, dos silêncios e do pôr do sol mais lindo do sul de minas...
a pedreira quebra a pedra e deixa o rastro do pó pelos ares...  das bruxas e aliens, o resquício... dos tempos idos e vindouros, a pintura rupestre nos lembra dos índios e de civilizações desconhecidas, idas, odes...
ode à lua, ode à natureza perdida, ode à promessa de dias melhores.......

quinta-feira, 7 de julho de 2011

som da casa: arte em nossos quintais


O projeto "Som da Casa" nasceu de uma parceria entre os grupos musicais Vira Saia e Acúrdigos. Tudo começou com a idéia de fazer uma "roda sonora" aos domingos, em lugares públicos em Mariana e Ouro Preto. A Roda seria aberta a qualquer músico e desde seu debut já contou com a participação de várias pessoas em suas edições. Da Praça Tiradentes (Ouro Preto), ao ICHS (UFOP, Mariana) até o Beco da Rua Direita (Ouro Preto), o Café Teatro Sagarana e o Bar do Carlão (Mariana), até Casa Advinho (em Lavras Novas), a Roda, como é conhecida, foi um sucesso e brindou ao público fiel com vários encontros ecumênicos e inesperados entre músicos de diversos tipos e estilos.
A partir dessa efervessência musical, aproveitando da época do Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana, em que as cidades borbulham de pessoas vindas de todos os cantos do Brasil em busca de cultura, surgiu o projeto "Som da Casa". Aos grupos Vira Saia e Acúrdigos se assomou Daniel Torquete e Banda, que fazem um trabalho musical em torno da música brasileira e o Samba de Sobra, um grupo de samba só com músicos de primeira.
A proposta do projeto é colocar bares e artistas que não estão participando da programação oficial do Festival de Inverno em evidência através de eventos musicais sinestésicos.
Músicos, poetas, artistas plásticos, grafiteiros, dançarinos... todos estão convidados a participar da brincadeira, que tem início no sábado, dia 9 de julho, com uma apresentação do Vira Saia no encantador Bar da Nida, que fica no alto do Morro São Sebastião, em Ouro Preto, um dos pontos urbanizados mais antigo da cidade, com uma onda muito particular, bem artística e aconchegante. O Bar da Nida fica no número 217 da Rua Rio de Janeiro.
Em Ouro Preto, além do Bar da Nida,  participa do projeto o Memorial Cláudio Manoel, que fica na Rua São Francisco, 58, onde era a casa do poeta inconfidente Cláudio Manoel da Costa. O restaurante traz delícias da culinária mineira e internacional, carta de cachaças, um café e um lindo jardim de inverno, com espaço para 150 pessoas.  
Em Mariana entra na rota da arte alternativa o tradicional Bar do Carlão, ponto antigo de botequeiros, apreciadores de petiscos e boa comida de boteco, além de intermináveis e disputadas partidas de sinuca. Conhecido pelos boêmios da parte baixa da cidade, o Bar do Carlão ainda é inexplorado pelos turistas e até mesmo por grande parte da população local. Por estar no Barro Preto, é uma ótima pedida para os dias de shows na Praça dos Ferroviários. Fica bem ao lado da praça, na Rua Santa Cruz, 48. É, gente... a gafieira do Carlão promete!!!

bandoleiros

tuca costa, foto de iza campos

tiago valentim, foto de naty torres


mônica elias, foto de iza campos

... virando a saia por aí ...






...virando a saia...



segunda-feira, 30 de maio de 2011

contos dos orixás

tiago valentin e tuca costa refletido no espelho na gravação do conto de oxóssi (passagem de mariana)


O projeto “Contos dos orixás” nasceu de uma pesquisa sobre a Mitologia dos Orixás (entidades de algumas religiões e cultos afro brasileiros que correspondem a espíritos da natureza) e a música ritualística e folclórica afro brasileira. 

A partir da mitologia clássica dos orixás foram escritos contos que narram as histórias das principais entidades com uma roupagem poética e contemporânea.
 
Em 2008, em Barcelona (Espanha), foram gravados ao vivo os primeiros contos (de Exu e de Yemanjá), em castelhano, durante uma ação com caráter de cerimônia e celebração, com uma interação espontânea e improvisada entre músicos e narradora. 


Em 2009, em Mariana (Minas Gerais) foi gravado o terceiro conto (de Oxossi) de uma maneira menos improvisada, tendo uma base rítmica pré-determinada (um dos toques de “terreiro” associado a Oxossi) e uma célula-base melódica que ia se desdobrando e se transformando ao longo da narração. 

Os contos de Exu e de Yemanjá podem ser escutados em http://www.myspace.com/monicaeelias 
 
  1. Bajo la influencia de EXU, entidad intermediaria de los dioses Yorubas, los ORIXÁS, entre estos y los hombres según las creencias religiosas de tradición africana que trajeron al continente Americano, especialmente a Brasil, Cuba y otras islas del Caribe, aquellos africanos y africanas que apresados y posteriormente injusta y brutalmente esclavizados permanecieron en suelo Americano. Se intentó imponerles la religión católica o cristiana de sus amos, además de prohibirles el culto que profesaban a sus dioses y entidades, siendo EXU unos de los más importantes. EXU significa “Mensajero", es él, quien traduce el pensamiento de los hombres a los ORIXÁS y viceversa, es el comunicador o mensajero de los ORIXÁS a los hombres. Es el agente mágico por exceléncia. http://nosolojazz.contrabanda.org/2008/09/
  1. se Brasil exuberante en todo los aspectos, y místico, a su vez, por la influencia de esos ORIXÁS, que vuelven a estar presentes en un nuevo relato de Monica, esta vez se trata de “ODOFIABÁ", que como nos explican AnaLu y Monica es la “Madre del Agua" y por consecuencia “Madre de los peces" http://nosolojazz.contrabanda.org/2008/10/   http://www.myspace.com/tonylejazz 



resgatar carnavais


"Na praça da Sé, nos carnavais de 2010, o Grupo Vira Saia apresentou-se resgatando o tradicional carnaval brasileiro. Eles interpretaram músicas feitas há mais de 100 anos e que se encontravam quase esquecidas no tempo. Marchinhas, frevo, maxixe, e também o chorinho, foram os destaques do show. O Vira Saia fez uma viagem às décadas de 30,40,50 e 60 ao apresentar sucessos de artistas consagrados, como Noel Rosa, Waldir Azevedo, Matias da Rocha e Joana Batista Ramos (autores do frevo Vassourinhas, tradicional do carnaval pernambucano), entre outros. 
Segundo o vocalista Tuca Costa, a intenção de um trabalho como esse é mostrar para os grupos que surgem atualmente que eles também são capazes de transformar relíquias da cultura musical em espetáculos como o apresentado diante do público que compareceu à praça da Sé."


Meias palavras, por natalia goulart

quarta-feira, 15 de setembro de 2010
foto: lívia veisak

Uma ciranda se fez em meio a um desconcertante chão desnivelado. Não era um círculo qualquer. Num domingo frio e calmo, o samba comeu solto num palco montado em frente ao Museu da Inconfidência - Ouro Preto. As músicas pareciam agradar um bocado de gente, algumas sambavam, outras remexiam os pés discretamente, eu estava no meio termo. Aos poucos, a banda "Vira Saia"  ganhou a confiança do público.
O vocalista (Tuca) tocou uma música que falava sobre ciranda. Então, ele pediu para montarmos uma roda. Imagino que tinha cerca de  100 pessoas assistindo o show. Num piscar de olhos, lá estava a grande ciranda, orgânica e entrelaçada de cores fortes.
Não participei do círculo, mas senti uma energia um tanto divina vinda do meio da roda. Eu e Lorena falávamos que lá dentro tinham escravos pulando e tocando seus instrumentos, deviam estar comemorando a "liberdade". Havia espíritos de todos os tipos. Nós estávamos circunscrevendo o baile daqueles que não podemos ver, apenas sentir.
Engraçado, não consigo continuar esse texto. Às vezes as palavras não conseguem transmitir tais momentos, e, esse, é um deles. 

Postado por Natália Goulart às 07:49


Comé que eu faço pra aprender a música da sua terra?

escuta os movimentos, escuta como se movem as pessoas, escuta as cores, escuta o sabor das comidas e escuta o silêncio...

                 para assistir o documentário:   http://vimeo.com/12879612

    para conferir algumas fotos das filmagens:  http://www.flickr.com/photos/annastoppani/4736809282/

Realização

Desde janeiro do 2009, começamos a registrar através de filmagens e fotografias a atividade musical da região de Mariana e Ouro Preto com a finalidade de produzir um vídeo documentário que sirva como registro de memória musical-cultural. O video pretende ser um retrato socio-cultural da sociedade local, partindo do registro de inúmeras e diferentes atividades musicais e de como a música está presente em diversos aspectos do cotidiano da cidade e de seus moradores. Durante o processo de filmagem, o video que tinha como proposta documentar acabou envolvendo diretamente alguns de seus protagonistas como participantes ativos do mesmo, em intervenções práticas e lúdicas pelas ruas inconfidentes. Mais que nada, este trabalho é uma busca pela situação atual da música da nossa terra: o que está acontecendo com a música hoje em dia? Quem são os músicos de hoje em dia? Como tocam? Por que tocam? Como se relacionam novos e velhos músicos? Músicas profanas e sagradas? Popular e erudita? Profissional e amadora? O poder da música quebra qualquer tipo de barreira, seja social, racial ou de gênero?

O vídeo é conduzido por imagens mestiças, que nos conduzem em sons e silêncios.
As imagens trazem à luz o pão nosso de cada dia: música.
Algo está na pele da voz dentro do pensamento!
E lá…dentro do tempo de nossas horas,
no rastejar do cotidiano apressado
acontece o faz conta da nossa estória verdadeira.
Música de suor e lágrima de sol a pino na luz do luar
na alegria de reinventar a própria vida
no ofício do poeta sem livro
e do cantador de batuque imaginário.
O vídeo fica ali, onde vento faz curva
e dobra nosso mundo na linha do horizonte.
Surge então um desejo que se faz pergunta:
como faço para aprender a música da sua alma?
Adenilson Barcelos Miranda
Artista plástico

produzido e filmado por
Monica Elias e Anna Stoppani

domingo, 29 de maio de 2011

esse corpo é meu


Esse corpo é meu (Tuca Costa)

Esse corpo é meu
Meu amor é seu

pássaro de fogo



Pássaro de fogo (Mônica Elias)

Simbora bora, nos céus do verão alado
Sobrevoar matas, montes, sertão, dunas...
Avoar rios, cidades invisíveis,
Voar cruzes de esquinas intangíveis.
Pássaro de fogo, ardendo em meu ventre,
pia ligeiro e sai pra fora num repente.
Chora chora, no verão despetalado,
Ave avoa, pena, osso, bico, pluma,
Voa veleiro aéreo invisível,
Voa flecha de um arco intangível.
Pássaro de fogo, voando no tempo,
Na folha, no sopro, vem e esquece o lamento
Pássaro de fogo, no buraco oco,
Na gema do ovo, vive agora o momento.
Ai pia pia passarinho, vai voando no sertão,
Avoa, avoa passarinho, na palma de minha mão,
Avoa avoa passarinho, me leva também, então,
Ai, bola bola passarinho voando linho verão,
Vamo simbora passarinho, voando de vão em vão.

Maracá