sexta-feira, 14 de novembro de 2014

ubuntu africanias estreia seu novo espetáculo, Ojú ònà, em comemoração ao mês da consciência negra

o grupo× Ubuntu lança seu novo espetáculo,× Ojú ònà, em Salvador 
É com prazer que aqui deixo registrado o anúncio do novo trabalho do Ubuntu, o espetáculo Ojú ònà. Dia 22 de novembro, no Cine Teatro Solar Boa Vista, no Engenho Velho de Brotas.
Às 19 horas, no Cine Teatro Solar Boa vista (Parque Solar Boa vista, s/nº, Engenho velho de Brotas) 
Entrada: $10,00 inteira e $5,00 meia.

Inspirado por poéticas de caminhos, o grupo Ubuntu lança o espetáculo "Ojú Ònà". Na língua yorubá, o nome se refere à palavra “caminho”, servindo de inspiração ao grupo, que propõe levar o espectador a uma verdadeira viagem através do som, do espaço e do tempo, em que o trajeto da música vinda da× África para o Brasil  é revisitado a partir da fusão de bases rítmicas do povo mandinga (malinké, do nordeste da África) com elementos da música popular brasileira. Os sons trazidos de lá pra cá, aqui se transformaram e agora voltam a reencontrar-se com suas próprias raízes.
A escolha do repertório e o processo de criação dos arranjos foram feitos com atenção nos mínimos detalhes, a fim de que a mistura entre a música africana e brasileira se desse de forma autêntica e original, mantendo a força da tradição de encontro com as possibilidades experimentais da música contemporânea.
As composições do espetáculo “Ojú ònà” são de autoria de Mo Maiê (MG), Emillie Lapa (BA), Matheus Leite (BA) e Tuca Costa (MG). A diversidade das influências e estilos dos compositores resultou em uma rica coletânea que tem como fio condutor caminhos percorridos unindo a mãe África ao× Brasil.
O conceito do Caminho e da serpente
Por quantos caminhos percorre o mundo? Por quais caminhos os mundos da terra se encontram com os mundos dos céus? Por que caminhos se encontram passado, presente e futuro?
São tantas as perguntas e as respostas, cada qual encontra de sua maneira, ao longo de sua própria vida.
O que se sabe é que o caminho e suas curvas nos faz lembrar as formas de uma serpente, um dos animais mais presentes na mitologia africana, bem como em diversas culturas antigas do mundo.
Como força primordial da criação, as sete cores do arco-íris, portadora do conhecimento ancestral em sua forma semelhante à estrutura do Dna, a serpente mostra-se como a síntese da própria vida. Algo grande e bonito que respira além das nossas limitações. Uma unidade psíquica (como era chamado no Iluminismo) ou uma unidade quântica (como agora é chamado). A unidade da raça humana, impressa em nossos arquétipos, mitos e lendas, uma enorme serpente que transmite as memórias de todo uma vida.


Ficha técnica: 
Thalita Batuk (tambores e voz) 
Mo Maiê (flauta, tambores e voz)
Jorgelina Oliva (djambé e voz)
Tuca Costa (guitarra e voz)
Emillie Lapa (baixo e voz)
Matheus Leite (trombone e voz)